sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Bicicletas













Não sei quanto ao pessoal que fotografou na saída do dia 1 de agosto, mas fiquei totalmente vislumbrada com a quantidade de bicicletas no centro de Santo André; se não estivesse fotografando acho que não perceberia essas sutilezas da cidade. Espero que aqui haja enredos tão poéticos quanto "Bicicletas de Pequim" ou a sua fonte inspiradora, "Ladrões de bicicleta".

11 comentários:

Daniel Tossato disse...

Talvez, o mais interessante é saber que todas as bicicletas que estão aí, são "largadas" por trabalhadores que tem pressa de pegar o trem...

Mariana Silveira disse...

Oi Daniel, certamente a primeira coisa a se pensar sobre estas bicicletas é justamente o fato de pertencerem a estes trabalhadores, como se vê em demais grandes cidades, mas de pronto pensei na infinidade de enredos que rodeiam cada uma daquelas bicicletas, tentando imaginar se seriam tão poéticos como acontece nestes filmes que citei. Possivelmente se investigássemos a vida que pulsa sobre elas, teríamos grandes belas histórias.

Flavio disse...

Bem legal isso! Taí uma pesquisa interessante pra um documentário!

Daniel Tossato disse...

Bem, tive a oportunidade de "entrevistar" alguns donos das tais biciletas alguns anos atrás.
Sei que eles vem dos mais diversos lugares do ABC, tanto pra pegar o Trem como o Troleibus.
Concordo quando diz que cada uma (das bicicletas) deve ter um enredo peculiar, único!
O que me chama mais atenção, é como o indivíduo pode moldar a "paisagem" que o cerca ao seu próprio "bem". E como, este mesmo indivíduo, pode estar interagindo com pessoas que nem mesmo conhece!

Mariana Silveira disse...

Deve ser interessante o seu trabalho de entrevistas Daniel, seria bacana se você pudesse compartilhar com o núcleo em alguma reunião! Pois o legal dos encontros é justamente estarmos dispostos a pensar e agir em relação à fotografia e outras áreas que se mostrem afins. Para finalizar, gostaria de dizer que caso eu tenha passado esta visão de que eu estivesse moldando a paisagem do lugar a meu próprio bem, segundo as suas palavras, digo que não tive esta intenção porque não a tenho dentro de mim, quero deixar claro que meu interesse não é deixar o mundo da maneira que eu gostaria que ele fosse, pois assim não haveria trabalho coletivo entre as pessoas, e eu prezo sempre pelo que é de bem comum; eu somente quis comentar um efeito estético que esse ponto da cidade causou sobre mim. E em relação ao fato dessa interação com pessoas que não conheço, desculpe a minha invasão em te chamar pelo nome e ter escrito sobre o seu primeiro comentário, eu somente quis me posicionar, já que estamos num espaço de livre discussão.

Marcello Vitorino disse...

Moldar a "paisagem" ao seu próprio "bem", e esse mesmo indivíduo interagir com pessoas que nem mesmo conhece...uma boa observação essa! Vamos ver se entendi o que o Daniel disse aí, Mariana: será que ele se referiu à intervenção inconsciente construída pelo conjunto de operários que deixam suas bicicletas (seus "bens") ali, e dessa forma promovem uma alteração bastante interessante - e de uma estética peculiar - na paisagem local, interagindo assim com pessoas que ele nem imagina, já que elas acabam sendo "tocadas" por essa obra incerta?
Estou gostando dessas possibilidades de interpretação. Afinal, esse também é o papel do artista: dar a sua opinião ou ponto-de-vista sobre o que está à sua volta.

Daniel Tossato disse...

Eita...Quando lí a última mensagem da Mariana, fiquei com a certeza de ter dito algo que a ofendeu de algum modo, pois lí e re-lí os comentários para tentar entender o porque de ter me pedido desculpas por me chamar pelo nome e por ter escrito algo além do meu comentário...hehehe...

"...com pessoas que não conheço, desculpe a minha invasão em te chamar pelo nome e ter escrito sobre o seu primeiro comentário, eu somente quis me posicionar, já que estamos num espaço de livre discussão."

Juro que não entendi esta parte, Mariana, mas se caso disse algo que tenha te ofendido, fica aqui minhas DESCULPAS...!!

Vitorino, é bem por aí mesmo o que eu quis dizer...
As vezes o indivíduo muda a paisagem sem perceber, sem se dar conta que de uma certa maneira utilizou um espaço para um bem comum. Assim, muitos trabalhadores interagem entre sí, porém sem ao mesmo se conhecerem...

Mariana Silveira disse...

Oi pessoal,
Nossa, eu realmente entendi errado as palavras do Daniel, obrigada por tê-las mostrado sob um outro ponto de vista, Marcelo, pois tinha levado para outro lado mesmo.
E Daniel, eu agora é que peço desculpas por não ter entendido você direito, da próxima vez eu ficar em dúvida sobre algum comentário, tentarei esclarecê-los antes!

Daniel Tossato disse...

E eu pensando que tinha dito besteira...hehehe...!!

Marcello Vitorino disse...

Mas retomando a conversa, essa história toda das bicicletas na estação Santo André deve dar um belo ensaio, com ou sem poesia...

Mariana Silveira disse...

Eu concordo Marcello! Tentarei pensar em algo, já que estou numa fase meio Duane Michaels!