domingo, 14 de fevereiro de 2010

Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto abre inscrições
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC


Já estão abertas as inscrições para o 38° Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, de Santo André. Disponibilizados em 11 categorias - pintura, desenho, gravura, escultura, objeto, performance, instalação, interferência, site specific, videoarte e fotografia - os registros podem ser feitos até o dia 5 de Março, na Casa do Olhar (Rua Campos Sales, 414). Detalhes da ficha de inscrição e regulamento podem ser obtidos no site da Prefeitura (http://www.santoandre.sp.gov.br/secretaria/bn_conteudo.asp?cod=7417&categ=sec_cultura) ou pelo telefone 4992-7730.

O evento, que existe desde 1968, é consolidado como um dos maiores das artes plásticas do País e funciona como termômetro da arte contemporânea realizada em solo nacional. Artistas plásticos de renome já estiveram no salão, entre eles Arnaldo Ferrari, Edson Lourenço, Nina Moraes, Sandra Cinto e Arnaldo de Barros.

O evento também recebeu a respeitada tríade andreense formada por Paulo Chaves (1921-1989), Luiz Sacilotto (1924-2003) e João Susuki, modelos de representação artística que ultrapassaram a barreira nacional e são peças-chave da história da arte contemporânea. Os três receberam, em 1998, uma sala especial em homenagem à sua obra. A partir de 2005, o Salão de Arte Contemporânea, que já foi Salão Jovem, de 1978 a 1981, recebeu o nome de Sacilotto.

O evento é o único do gênero no País com periodicidade anual, só não sendo realizado em 1977.

Os artistas, hoje, além da oportunidade de expor, podem ser beneficiados com o prêmio-aquisição, num total de R$ 28 mil e prêmio-estímulo, R$ 2.000. As obras adquiridas vão para o acervo municipal.

"O Salão de Arte Contemporânea foi a primeira ação legítima e oficial depois da Semana de Arte Moderna de 1922. É um evento que consolida os caminhos das artes plásticas nas últimas quatro décadas", conta o artista Saulo Di Tarso, que já foi coordenador do evento.

Segundo Gabriel Bianchi, gerente de difusão cultural de Santo André e que sempre acompanhou a mostra, a importância dos trabalhos realizados no salão nesses 40 anos é o retrospecto de tudo que foi realizado em arte contemporânea no Brasil. "O nosso acervo de obras participantes do salão conta com cerca de 500 obras, que resgatam a história da arte brasileira."

Antecipar tendências sempre foi um dos papéis primordiais do evento. Para Tarso, na arte contemporânea, a tendência, hoje, é o ‘tudo''. "O que vale é o mix das linguagens. As artes visuais, hoje, têm comunicação direta com a música, com o cinema, e todas as outras manifestações", diz. "Só acho que o salão não deve mais ficar confinado ao espaço que o Rino Levi (arquiteto que projetou o Paço Municipal de Santo André) criou. Mais espaços deveriam ser utilizados para atender a demanda de arte externa, que hoje não é mais apenas esculturas ou instalações. O papel de quem está à frente do salão, hoje, deveria ser flertar mais com as propostas de street art."

O resultado final das obras selecionadas será divulgado no dia 8.

3 comentários:

Marcello Vitorino disse...

Pôxa, seria muito bom ver alguns fotógrafos do Núcleo emplacando fotos nesse Salão...nada pessoal, mas seria muito bom...

Wilson Rodrigues disse...

Tenho muita vontade de participar com algum trabalho para o "Salão de Arte Contemporânea". Sinto, mas meu trabalho não está a altura. Falta muita coisa para encarar esse tipo de concurso.

Valeu !!!!

Marcello Vitorino disse...

Wilson, primeiro isso não é um concurso. É um salão de arte. Segundo, se achas que não tens trabalho para insecrever num Salão de Arte, como explica a quantidade de posts no blog? Tem várias séries ali - seja fruto de edição de arquivo ou de trabalhos em andamento - ou vc está apenas enchendo linguiça nesse blog?